Título do projeto
Vento Forte – Oficina 50 Anos
Local
Centro Cultural dos Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20
Centro – RJ
Visitação
4/12/2008– 25/01/2009
Concepção
Heloisa Buarque de Holanda
Curadoria
- Alberto Renault
- Camila Mota
- Lucas Weglinski
Direção de Arte
Alberto Renault
Coordenação de Produção
Luiza Mello
Produção Executiva
Elisa Ventura
Assistente de Produção
Paloma Bosquê
Produção
- Mariana Schincariol Mello
- Arthur Moura
- Marisa Mello
Edição de Imagens
Render Filmes
Design gráfico
Ana Laet COM
Arquitetura
- Erika Duarte
- Thiago Tavares
Equipamentos
BL Iluminação
Cenografia
Camuflagem
Assessoria de Imprensa
Diadorim Idéias e Comunicação
- Ana Madureira de Pinho
- Teresa Karabtchevsky
Revisão
Duda Costa
Agradecimentos
- Eva Doris Rosenthal
- Petrobras
- Academia de Filmes
- Associação Teatro Oficina
- Uzyna Uzona
- Elaine Cesar
- Jair Molina Jr.
- Gabriel Fernandes
- Cassandra Mello
- Renato Banti
- Mariano Mattos Martins
- Maurício Shirakawa
- Cibele Forjaz
- Sylvia Prado
- Anna Guilhermina
- Thaís Sandri
- Valério Peguini
- Beatriz Pimenta Corrêa
- Bruno Castro
- Lígia Roca
- Maarcela Farrás
- Vinicius Cardoso
Vento Forte para papagaio subir, texto de Zé Celso Martinez Corrêa e direção de Amir Haddad, foi a primeira montagem do grupo Oficina – no dia 28 de outubro de 1958, há cinquenta anos.
Eu sentia e sabia que não poderia deixar de fazer alguma coisa sobre o Oficina nesse momento. Pensei numa exposição que registrasse o impacto da obra de José Celso que, durante esses 50 anos, vem criando e recriando a cultura brasileira.
Daí surge a primeira ansiedade: que exposição pode ser essa, para mim, tão importante quanto ameaçadora? Como falar de Zé Celso, do Oficina? Como representar, com um mínimo de eficácia, esses ventos fortes que sopram em moto continuo durante meio século?
Havia coisa demais a ser dita. Montagens que revolucionaram o universo cultural do país. Caminhos agitados que falam de grandes montagens, sucessos, polêmicas, invasões, incêndios, prisões, lutas violentas por território. O grupo Oficina que já foi Cia de Teatro Oficina, Oficina Samba, 5º Tempo, Teatro Oficina Uzyna-Uzona. Foram várias etapas, várias histórias. Nunca, passando em branco. Brigando sempre pela experimentação radical que desestrutura, transforma, que se mistura com a rua, com a multidão. Laboratório de mergulho nas origens, que impõe o desejo como instrumento de criação, o corpo e a dança como funcionalidades primeiras. Criticado pela esquerda, censurado pela direita, a verdade é que ninguém da minha geração escapou do efeito Oficina. Do talento espantoso do poeta Zé Celso.
Sou prudente. Chamei Camila Mota e Lucas Weglinski – que se constituiram como as vozes do Oficina – e Alberto Renault – escritor , artista, diretor de ópera e peça central desse projeto – e começamos a pensar juntos. O titulo da exposição veio nos primeiros 5 segundos de jogo. Foi fácil. O conteúdo veio da lembrança de Camila da imensa documentação áudio-visual, textual e iconográfica produzida desde o início do grupo por Zé e pelas equipes e elencos do Oficina e nunca tornada pública. Material inédito, bruto. Vídeos e filmes inteiros ainda desconhecidos. Cadernos de campo, belíssimos e densos, manifestos, documentos passeatas, anotações. Ou seja, o processo de criação e de luta do Oficina em cena aberta. Percebemos a urgência de mostrar esse material. Foi o que decidimos fazer. Alberto Renault optou por não teatralizar (ou competir com) o material e criou um ambiente limpo e techno no qual a dramaticidade revolucionária e interpelativa do Oficina surgisse em solo. Uma ambientação sotto voce como o brilho do trabalho do mestre exige.
Foi assim que nos sentimos comemorando os 50 anos do Oficina. É isto que estamos oferecendo para o público já iniciado e para o público que não teve ainda a oportunidade de experimentar o Vento Forte Zé Celso Martinez Correia.
Título do projeto
H2O
Realização
SESC Rio
Local
Arte SESC
Rua Marquês de Abrantes, 99
Flamengo
Visitação
14/11/2008 – 29/03/2009
Entrada gratuita
Concepção
Heloisa Buarque de Hollanda
Curadoria
Henrique Lins de Barros
Coordenação Geral
O Instituto
Design Visual
Sonia Barreto
Coordenação Executiva
Elisa Ventura
Coordenação de Produção
Luiza Mello
Artista Convidada
Marta Jourdan
Consultor científico
Daniel Acosta Avalos
Programa educativo
Teresa Guilhon
Consultoria pedagógica
Rona Hanning
Pesquisa
Fernando Dumas
Designers assistentes
- Regina Kemp
- Rafael Bucker
Supervisão gráfica
Sidnei Balbino
Arquitetura
Salvi,giorge arquiteturadesign
Projeções
- João Bonelli
- Joana Ventura l Muarê
Jogos
Antonio Claudio Quixadá
Trilha Original
Ricardo Imperatore
Projeto de Luz
B.L Iluminação
Cenotécnico
Camuflagem
Agradecimentos
- Eva Doris Rosenthal
- Daniel Terra
- Fabrice Vautrin
A água, por ser substância do dia-a-dia, parece, em uma primeira mirada, assunto sem maior interesse. Enfim, quem não conhece a água e dela não fez uso intensivo?
Mas, sem muito esforço, começam a surgir questões e perguntas que já haviam sido feitas quando criança e que ficaram sem respostas. Por que a água é tão importante, a ponto de não poder ser substituída por nenhum outro líquido? Como surgiu a água neste nosso planeta? Como e quando? O que é o H2O que aprendi nos bancos de escola e passou a ser sinônimo de água? E, uma pergunta que surge recentemente, por que existe o medo de uma crise de água que comprometerá gerações futuras se eu vejo tanta água ao meu redor?
A partir destas perguntas um tanto ingênuas, foi-se delineando uma idéia para abordar um tema de aparência tão simples.
Sem dúvida, começar por um espaço de forte apelo emocional. Convidar o espectador a entrar no tema sem explicitar como a ele chegaria. E assim, após esta introdução, falar sobre os aspectos astronômicos que estão presentes. Com isso, vamos retornar ao início da Terra e tentar entender como a vida só pôde surgir por causa da água (H2O – elemento da vida). A água é o elemento da vida e abre espaço para se falar da vida nos mais diferentes tamanhos e formas, todos dependendo da água para a sua sobrevivência (H20 – molécula da vida). No entanto, olhando a Terra e seu clima, a água surge como algo fundamental para a manutenção da vida. Agora a água é vista em uma escala maior (H2O – matéria da vida). Em uma escala ainda maior, surge o problema que está sendo anunciado: a escassez de água potável que poderá levar a um colapso de proporções globais (H2O – futuro da vida).
Para finalizar a viagem, agora com uma nova percepção da água, nada mais oportuno que beber o líquido que motivou a exposição.
Henrique Lins de Barros, curador
Título do Projeto
Arquivo Geral – 3ª edição
Realização
Anita Schwartz Galeria de Arte
Amarelonegro Arte Contemporânea
Arte em Dobro
Galeria Artur Fidalgo
HAP Galeria
Galeria Laura Marsiaj
LURIXS Arte Contemporânea
Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte
Mercedes Viegas Arte Contemporânea
Ronie Mesquita Galeria
Galeria Tempo
Local
Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Endereço
Primeiro de Março, 42
Centro – Rio de Janeiro
Visitação
23/10/2008 – 29/11/2008
Entrada Franca
Curador
Fernando Cocchiaralle
Assistentes de Curadoria
Saulo Laudares
Coordenação de Produção
Luiza Mello [Automatica]
Produção
Arthur Moura [Automatica]
Arquitetura
Ivan Pascarelli
Projeto Gráfico
Tecnopop
Iluminação
Belight
Projeto de Luz
Samuel Betts
Cenografia
Camuflagem
Assessoria de Imprensa
Raquel Silva
Administração
Gustavo Lacerda
Revisão
Duda Costa
Tradução
Renato Rezende
Arquivo Geral é uma iniciativa das principais galerias do Rio de Janeiro voltadas para a produção contemporânea. Um evento síntere do mercado de arte carioca concebido para potencializar a movimentação nacional e internacional gerada periodicamente pela Bienal de São Paulo.
Trata-se também de um termômetro da capacidade de organização e desempenho do mercado que se confirma agora, pela terceira vez consecutiva, e parece sinalizar o fortalecimento do circuito de arte local observado na última década, embora esteja ainda muito aquém de suas possibilidades de expansão.
Por se restringir ao elenco de artistas representados pelas galerias, o Arquivo Geral não resulta de escolhas curatoriais autônomas, nem de questões conceituais. Ainda assim, trata-se de uma exposição e não de uma feira, já que a curadoria escolheu traçar um panorama da produção contemporânea brasileira do ponto de vista do mercado, ultrapassando os perfis isolados das galerias que o integram.
Três critérios nortearam os trabalhos iniciais: a solicitação, para cada galeria, de uma lista de cerca de sete artistas para posterior seleção; a restrição de obras de grandes formatos, de modo a incluir o maior número possível de participantes e de obras; e, finalmente, a não-inclusão daqueles contemplados com mostras individuais durante o período do Arquivo Geral.
Alguns desses critérios normativos já previam sua superação ao longo da curadoria. Preferimos antecipar as restrições que costumam ocorrer na hora conclusiva da montagem para depois, inversamente, revogá-las com inclusão de mais artistas e obras.
Por outro lado, assimilamos o conceito de arquivo, evocado pelo título do evento, como um conceito-chave para a própria mostra, adequando-o às características ecléticas do prédio secular do recém-inaugurado Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Procuramos concentrar um número significativo de informações a respeito das galerias e dos artistas que elas representam, muitos deles com mais de um trabalho. Dois terminais com a programação em curso nas galerias envolvidas na mostra e seus respectivos sites abrem e complementam o Arquivo Geral de 2008.
Fernando Cocchiarale, curador
Título do projeto
Paisagemnaturezamortaretrato
Artista
Luiz Zerbini
Local
Centro Universitário Maria Antonia
Rua Maria Antonia, 294 São Paulo SP
Visitação
03/10/2008 – 16/11/2008
Entrada gratuita
Realização
Centro Universitário Maria Antonia
Produção
Automatica
Coordenação de produção
Luiza Mello
Assistente do artista
Rodrigo Torres
Produção
Arthur Moura
Iluminação
Ricardo Heder
Reka Iluminação
Agradecimentos
Galeria Fortes Vilaça
Reka Iluminação
Deve ter sido pela observação da obra que chamou de Minha última pintura que Luiz Zerbini concebeu a possibilidade continuar trabalhando com esse meio. O fato é que as telas agora expostas foram finalizadas com a aplicação de uma tinta capaz de dar sentido pragmático à ambiguidade do termo “refletir” no campo pictório.
Ao serem penduradas e expostas, passam a estar reinvestidas automaticamente das qualidades indisputáveis atribuídas a quaisquer quadros, mas com uma capacidade incomum de incorporar de uma maneira efetivamente impessoal gêneros que satisfazem gostos diversos, como a paisagem, a natureza morta e o retrato.
O artista diz que desde que a pintura morreu, não pára de pensar nela. O tipo de intervenção que realizou no espaço estende esse sentimento inconformado a todos os demais elementos da exposição. Somadas à presença física de referentes dos gêneros de pintura mencionados – contando que o retratado, no caso, é o espectador momentâneo de uma das telas –, as colunas e paredes pintadas criam um ambiente entre alguma solenidade ortogonal da estrutura arquitetônica e a dispersão promovida por cores que extrapolam os mesmos limites que acabaram de ressaltar. Ao mesmo tempo em que elevam à dimensão cenográfica a idéia de diluir um esquema canônico como o neo-plasticismo de Mondrian, jogam o público contra grandes painéis que figuram abismos e espelhos envelhecidos. Ali, onde alguém poderia perguntar em privado o que você está achando do conjunto dos trabalhos, pode ficar mais claro que os destinos provisórios da instalação também estão começando a passar pela reflexão particular do artista.
Rafael Vogt Maia Rosa
Título do projeto
HÜZÜN
Local
Oi Futuro
Endereço
R. Dois de Dezembro, 63 Flamengo – Rio de Janeiro
Visitação
09/09/2008 – 02/11/2008
Projeto
Carlos Vergara
Produção
Automatica
Coordenação de produção
Luiza Mello
Coordenação Ateliê Carlos Vergara
João Vergara
Assistente de produção Ateliê Carlos Vergara
Ana Luiza Varella
Assistente do artista
Thomaz Velho
Produção
- Arthur Moura
- Mariana Schincariol Mello
- Marisa S. Mello
Texto crítico
Luiz Camillo Osório
Artista convidado
Paulo Vivacqua
Videomaker convidado
Gustavo Moura
Design visual
Irene Peixoto | Nucleo i
Editora de vídeos
Luisa Marques
Tratamento de imagens
Eduardo Masini
Projeto de iluminação
Tomás Ribas
Assessoria de imprensa
Claudia Noronha l CW&A
Revisão e padronização
Duda Costa
Versão para o inglês
Ana Luiza Varella
Fotografia
Vicente de Mello
Agradecimentos especiais
Cesário Melantonio
Studio Alfa
Hüzun é um projeto de Carlos Vergara em colaboração com os artistas Gustavo Moura e Paulo Vivacqua, e com o crítico Luiz Camillo Osório. A palavra turca “hüzun”, retirada do livro Istambul de Orhan Pamuk, tem semelhança com a palavra “saudade” em português, mas com uma conotação mais coletiva que individual. Hüzun fala da perda e da melancolia dos tempos de glória do império otomano.
A mostra multimídia “Hüzün”, que ocupa os níveis 4 e 5 do Oi Futuro, transmite ao público um pouco do “susto” de mergulhar num lugar e numa cultura tão diferente da nossa. O ponto de partida para Carlos Vergara foram fotografias e pequenas monotipias que realizou em duas viagens à Turquia, uma em 2006 e outra este ano. O principal foco das incursões do artista foi a Capadócia – suas igrejas primitivas cavadas no arenito, assim como suas habitações subterrâneas carregadas com a história do cristianismo que começa no século I.
Istambul, a antiga Constantinopla, também teve alguns de seus mercados, minaretes, mesquitas e antigas igrejas fotografados. Esse material bruto reunido in loco foi manipulado no ateliê para a mostra. Para isso, Vergara contou com a participação de Paulo Vivacqua, artista sonoro, e Gustavo Moura, videomaker com quem trabalhou recentemente na exposição sobre a Missão de São Miguel, no Rio Grande do Sul, realizada no Paço Imperial, no Rio.
Uma vez manipuladas digitalmente, as fotografias feitas durante as viagens tomaram formatos diversos: impressões em metacrilato, projeções, 3D lenticulares e 3D reais, frutos do cruzamento de imagens no espaço. Na mostra, também estão as monotipias em lenços que carregam vestígios físicos da arquitetura e geografia deste lugar único.
Título do projeto
Performance Presente Futuro
Local
Centro Cultural Oi Futuro
Visitação
29/08/2008 – 31/08/2008
Curadoria
Daniela Labra
Produção
Automatica
Coordenação de produção
Luiza Mello
Produção
Arthur Moura
Mariana Schincariol Mello
Marisa S. Mello
Design visual
João Modé
Patricia Norman
Curadoria vídeos internacionais
Silvio de Gracia
Revisão e padronização de texto
Duda Costa
Versão para o inglês
Renato Rezende
Agradecimentos
Denise Milfond
Galeria Fortes Vilaça
Monitores
Pedro Henrique Borges Thabata Castro Roberto
Assistente
Orlan Clarisse Canela
Performance Presente Futuro é um evento interdisciplinar dedicado à multiplicidade da arte da performance e sua integração com recursos tecnológicos e científicos, percebidos em uma parte da produção performática atual. Ferramentas como gravação e projeção de imagens, amplificação de sons, atos em telepresença e intervenções cirúrgicas manipulam os componentes de obras-ato, efêmeras por natureza, prolongando o corpo do artista, rearranjando narrativas e temporalidades desta que é considerada uma arte ao vivo e presencial por princípio. Performance Presente Futuro reúne pesquisas artísticas e trabalhos inéditos em que a ciência e a tecnologia estão presentes como fundamento e não somente como fetiche. As propostas exibidas nestes três dias de mostra são fruto da vontade de artistas em compreender nossa humanidade pós-orgânica em um mundo que se quer mais tecnológico, mas que também precisa resgatar sua harmonia natural para garantir permanência ao homem, animal que cria e destrói, voraz. Durante três dias, o quarto piso do Oi Futuro recebe ações ao vivo, vídeos performáticos e palestras de artistas que, apoiados em tecnologias diversas, elucubram sobre o cotidiano humano em meio urbano, hoje totalmente permeado por recursos mecânicos, eletrônicos e digitais.
Daniela Labra, curadora
Título do projeto
Jardim Elétrico
Artista
Chelpa Ferro
Local
Galeria Vermelho
Endereço
Rua Minas Gerais, 350 São Paulo
Visitação
10/06/2008 – 05/07/2008
Realização
Galeria Vermelho
Direção de arte
Chelpa Ferro
- Barrão
- Luiz Zerbini
- Sergio Mekler
Assistente do grupo Chelpa Ferro
Julio Callado
Coordenação de produção
Luiza Mello
[Automatica]
Produção
Arthur Moura
[Automatica]
Design de software
Russ Rive
[Superuber]
O grupo Chelpa Ferro apresenta em Jardim Elétrico, na Galeria Vermelho, em São Paulo, uma combinação de objetos, desenhos e instalações sonoras criadas a partir de caixas de som, lâmpadas, cabos e circuitos elétricos.
Além de Jungle Jam, instalação criada em 2006 para a exposição com o mesmo título, que ocorreu no FACT (Foundation for Art and Creative Technology), de Liverpool, na Inglaterra, o Chelpa Ferro apresenta também uma série de novos trabalhos criados a partir do mesmo princípio, tal como Jardim Elétrico (2008), obra que dá título a exposição composta por lâmpadas coloridas, caixas de som, bocais e circuitos elétricos.
Para o curador Moacir dos Anjos, o grupo Chelpa Ferro “não propõe uma unificação dos sentidos com que se apreende o mundo, limitando-se a indicar a possibilidade de traduzi-los uns nos demais, sem hierarquias definidas e de forma inescapavelmente truncada. Em vez de advogar o apagamento das diferenças entre as faculdades do olhar e da escuta, o que o grupo faz é oferecer, a quem se aproxime de seus trabalhos, um embaralhamento sensorial.”
Título do projeto
Heteronímia Brasil
Cliente
Fundação Athos Bulcão Ministério da Cultura do Brasil
Local
Museo de América, Madri, Espanha
Visitação
05/2008 – 09/2008
Realização
Ministério da Cultura do Brasil
Curadoria e projeto
Adolfo Montejo Navas
Artistas
- Ana Maria Tavares
- Lula Wanderley
- Elida Tessler
- Efrain Almeida
- Lenora de Barros
- José Rufino
- Marcelo Solá
- Rosângela Rennó
- Sandra Cinto
- Vicente de Mello
Coordenação de produção
Luiza Mello
Design de montagem
Adolfo Montejo Navas
Montagem
Javier Velasco | Work in progress
Intervenções específicas
Elida Tessler
Sandra Cinto
Coordenação de logística
Ana Lacerda | Al Consultoria
Seguro
Affinite Corretora de Seguros
Heteronímia Brasil é uma exposição coletiva com curadoria de Adolfo Montejo Navas e participação dos artistas Ana Maria Tavares, Lula Wanderley, Elida Tessler, Efrain Almeida, Lenora de Barros, José Rufino, Marcelo Solá, Rosângela Rennó, Sandra Cinto e Vicente de Mello. Realizada no Museo de América (Madri, Espanha) a exposição ocorre em um contexto de intenso intercâmbio artístico e cultural, aberto com a participação do Brasil como país convidado da ARCO’08. Heteronímia Brasil reúne uma série de trabalhos ligados às investigações sobre as subjetividades, a relação com o outro, a apropriação e a simultaneidade de linguagens, as negociações entre ficção e realidade e as relações entre escrita e textualidades.
Como parte de um programa mais extenso de cooperação cultural, que tem envolvido a realização de debates, publicação de textos, catálogos visuais e articulações entre as instituições brasileiras e espanholas dedicadas à cultura, a mostra Heteronímia Brasil oferece ao público uma oportunidade de apreciação e reflexão sobre as fragilidades e riquezas de nossas identidades contemporâneas, as demarcações de territórios e percursos entre a realidade sensível e o mundo latente imaginado e desejado.
Não se pretende com esta mostra produzir uma panorâmica qualquer, mas uma coletiva reduzida, representativa da heteronímia geográfica que é o Brasil em termos artísticos hoje. Uma mostra que corporifica um conceito de trabalho reflexivo no território da visualidade: a heteronímia de linguagens e de preocupações estéticas do começo do século XXI. Em qualquer caso, o que se quer é apresentar é uma exposição que fuja dos estereótipos discursivos, e oferecer um território conceitual e estético feito desde o Brasil, mas cujo destino é o âmbito das idéias da estética contemporânea. É uma declaração de arte em plural, de uma conjugação de dez poéticas artísticas para chegar a outras ressonâncias.
Título do projeto
Pergunte ao
Local
Fundação Eva Klabin
Endereço
Avenida Epitácio Pessoa, 2480, Lagoa, Rio de Janeiro
Visitação
02/04/08 – 01/06/08
Curadoria
Marcio Doctors
Museologia
Ruth Levy
Diogo Corrêa Maia
Ana Maria Monteiro de Carvalho
Coordenação de produção
Luiza Mello
Produção
Arthur Moura
Organização
Isabela Gomide
Projeto técnico
Viga arquitetos
Montagem e desenvolvimento
Allen Roscoe
Apoio de montagem
Paulo César
Marciano Ferreira
Diogo Corrêa Maia
Assistente do artista
Romulo Froés
Textos
Nuno Ramos
Vozes
Cia. dos Atores
Bel Garcia
César Augusto
Drica Moraes
Gustavo Gasparani
Marcelo Olinto
Marcelo Valle
Susana Ribeiro
Coro
Fernanda Felix
Michel Blois
Rodrigo Nogueira
Estúdio
Monoaural
Técnico de gravação
Marcelo Tapajós
Design gráfico
Marcia Cabral /Estúdio Gráfico
Divulgação
CW&A Comunicação
Fotografia
Vicente de Mello
Banner
Top Sign
Versão para o inglês
Teresa Dias Carneiro
Revisão
Rosalina Gouvêa
Agradecimentos
César Augusto
Cia. dos Atores
Marcelo Neves
Monoaural
Berna Ceppas
Daniel Carvalho
Kassin
Sandra Ramos
Pela quinta vez, a Automatica produz uma exposição dentro do Projeto Respiração. Com curadoria de Marcio Doctors, o projeto estabelece uma ponte entre o acervo clássico da Fundação Eva Klabin e a arte contemporânea. Nuno Ramos, um dos principais nomes da arte brasileira atual, apresenta a exposição Pergunte ao, uma intervenção que ocupa toda a bela casa-museu da Lagoa, Rio de Janeiro, na qual ele pretende, utilizando espelhos, granitos e vidros, voltar o rico acervo da Fundação para si mesmo, em uma espécie de conversa interna das peças com seus reflexos e ocultações.
Cada um dos materiais escolhidos pelo artista define as diferentes séries da exposição e seus títulos: Espelho/Pergunte ao, Granito/Permito e Vidro/Vitrine. Nuno Ramos escreveu textos especialmente para cada uma destas séries.
Título do projeto
Jungle jam
Local
Caixa Cultural Rio de Janeiro
Endereço
Av Almirante Barroso, 25 · Centro
Rio de Janeiro
Visitação
21/01/2008 – 09/03/2008
Artista
Chelpa Ferro
Patrocínio
Caixa econômica federal
Chelpa Ferro
Barrão
Luiz Zerbini
Sergio Mekler
Direção de produção
Luiza Mello [Automatica]
Produção
Arthur Moura
Marisa S. Mello
Texto Critico
Moacir dos Anjos
Design Gráfico
João Doria
Design de eletrônicos e software
Russ Rive /Superuber
Rafael Barmak
Ricardo Herbert
Iluminação
Zé Luiz Joels
Montagem
Julio Callado
Nelson Leão
PC Caboverde
Revisão
Duda Costa
Entre janeiro e março de 2008, a Automatica volta a trabalhar com o Chelpa Ferro, na segunda montagem de Jungle Jam, nome da obra e da exposição. O trabalho, desta vez realizado na Caixa Cultural, Rio de Janeiro, consiste em uma instalação sonora composta por diversas sacolas plásticas, de diferentes tamanhos, presas às paredes da galeria com motores giratórios eletrônicos. Os motores estão conectados a um terminal com um computador programado pelo grupo (batizado de cabeção) que faz com que as sacolas girem em diversas sequências e direções.
Título do projeto
Rossellini TV Utopia
Local
CCBB Brasília
Endereço
SCES, Trecho 02, lote 22
Período
05/09/2007 – 16/09/2007
Local
CCBB Rio
Endereço
Rua Primeiro de Março, 66
Centro – Rio de Janeiro
Período
18/09/2007 – 30/09/2007
Entrada franca
Patrocínio
Banco do Brasil
Realização
Centro Cultural Banco do Brasil
Curadoria
Steve Berg
Coordenação
Luiza Mello [Automatica]
Produção executiva
Débora Monnerat [Orbita]
Assistente de produção
Arthur Moura [Automatica]
Assistente de produção em Brasília
Eduardo Paranhos
Design gráfico
Rara Dias e Paula Delecave [Zot Design]
Assessoria de Imprensa
Ana Ligia Petrone [Meio & Imagem]
Tradução dos diálogos
Eliana Aguiar
Tradução dos diálogos de Anno Uno
Renato Aguiar
Revisão e padronização
Duda Costa
Produção gráfica
Sidnei Balbino
Legendagem
Vídeo Shack
Administração
Gustavo Lacerda [Anima Projetos Culturais]
Expandindo sua área de atuação, a Automatica produz a mostra de cinema Rossellini: TV Utopia, realizada nos CCBBs do Rio de Janeiro e de Brasília em setembro de 2007. Com curadoria de Steve Berg, o festival apresentou uma série de filmes inéditos no Brasil (os chamados “filmes didáticos”) feitos pelo diretor italiano para a televisão e o cinema. A mostra contou também com debates com profissionais de diferentes áreas, como jornalismo, antropologia, filosofia, cinema e história.
A mostra, que exibiu os chamados “filmes didáticos” do gênio, desenvolvidos especialmente para TV a partir de 1962, quando ele declarou a morte do cinema, inclui Sócrates, Blaise Pascal, Santo Agostinho, A Idade dos Médici e Descartes (transmitidos na Itália pela RAI entre 1970 e 1973), além de Ano Um, o penúltimo (e pouquíssimo conhecido) trabalho para o cinema, exibido na Itália em 1974. Todos foram legendados especialmente para a mostra, por Eliana Aguiar (tradutora de Umberto Eco para o português).
Um dos grandes momentos do festival foi o debate sobre o projeto didático do diretor italiano, que aconteceram nos dias 16 de setembro em Brasília e 18 de setembro no Rio, sob a coordenação do curador da mostra, Steve Berg. “Após a desilusão com o cinema nos anos 60, o grande plano de Rossellini era educar o público telespectador com filmes sobre a história da humanidade, as chamadas obras didáticas, que constituem a parte menos conhecida de uma das mais influentes e polêmicas filmografias de todo o cinema clássico. Neste novo cinema, o conflito central seria o dos embates entre a filosofia, a religião e a ciência; a trajetória do Humanismo que, desde sempre, informou sua obra; seus personagens principais, os filósofos, artistas e líderes políticos e religiosos da civilização ocidental. Os filmes encenam a morte, a fé, a razão e a verdade em tempos de guerra e de paz”, diz o curador. A discussão sobre a proposta didática de Rossellini contou ainda com as participações do jornalista e crítico Pedro Butcher (da Folha de São Paulo), do montador Ricardo Miranda (de A Idade da Terra, de Glauber Rocha, entre outros), do antropólogo Robson Cruz (graduado em história e atual doutorando da UFRJ) e do cineasta e documentarista Joel Pizzini, que estreou durante a mostra seu novo documentário sobre as passagens de Rossellini pelo Brasil (A Morte do Pai).
A sessão do filme Sócrates, no Rio de Janeiro, foi seguida de palestra com Irley Franco, doutora em filosofia antiga e diretora do Depto. de Filosofia da PUC Rio.