Vento Forte – Oficina 50 Anos
04/12/2008
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25/01/2009
Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, RJ
Vento Forte para papagaio subir, texto de Zé Celso Martinez Corrêa e direção de Amir Haddad, foi a primeira montagem do grupo Oficina – no dia 28 de outubro de 1958, há cinquenta anos.
A exposição registrou o impacto da obra de José Celso que, durante esses 50 anos, criou e recriou a cultura brasileira.
Havia coisa demais a ser dita. Montagens que revolucionaram o universo cultural do país. Caminhos agitados que falam de grandes montagens, sucessos, polêmicas, invasões, incêndios, prisões, lutas violentas por território. O grupo Oficina que já foi Cia de Teatro Oficina, Oficina Samba, 5º Tempo, Teatro Oficina Uzyna-Uzona. Foram várias etapas, várias histórias. Brigando sempre pela experimentação radical que desestrutura, transforma, que se mistura com a rua, com a multidão. Laboratório de mergulho nas origens, que impõe o desejo como instrumento de criação, o corpo e a dança como funcionalidades primeiras. Heloisa Buarque de Hollanda, trabalhou em colaboração com Camila Mota e Lucas Weglinski – que se constituiram como as vozes do Oficina – e Alberto Renault – escritor , artista, diretor de ópera e peça central desse projeto. A exposição apresentou uma imensa documentação áudio-visual, textual e iconográfica produzida desde o início do grupo por Zé e pelas equipes e elencos do Oficina e nunca tornada pública. Material inédito, bruto. Vídeos e filmes inteiros ainda desconhecidos. Cadernos de campo, belíssimos e densos, manifestos, documentos, passeatas, anotações. Ou seja, o processo de criação e de luta do Oficina em cena aberta. Foi o que decidimos fazer. Alberto Renault optou por não teatralizar (ou competir com) o material e criou um ambiente limpo e techno no qual a dramaticidade revolucionária e interpelativa do Oficina surgisse em solo.
Ficha técnica
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