Título do projeto
Acusma
Local
Museu de Arte da Pampulha
Endereço
Av. Dr. Otácilio Negrão de lima, 16585
Belo Horizonte
Visitação
09/11/2008 – 26/02/2009
Artistas
Chelpa Ferro
- Barrão
- Luiz Zerbini
- Sergio Mekler
Produção
Automatica
Coordenação de Produção
Luiza Mello [Automatica]
Assistentes Chelpa Ferro
Julio Callado
Objetos em cerâmica
Regina Kemp
Marcia Limani
Gravação, mixagem e edição de audio
Eduardo Pop
DosOutros
Cantores
Rodrigo Saboya
Diego Albuquerque
Cris Fernandes
Gabriel Martinho
Apoio
Cerâmica São Salvador
Entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009, o coletivo Chelpa Ferro apresentou no Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, a instalação Acusma. A instalação consiste em um conjunto de vasos de cerâmica acoplados a alto-falantes e cabos que criam uma espécie de alucinação sonora. O contraste entre a delicadeza artesanal dos vasos e a perturbação auditiva causada pela peça sonora criada pelo coletivo é o cerne deste trabalho, mais uma vez produzido pela Automatica.
Título do projeto
Linha de Sombra
Artista
Regina Silveira
Local
Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço
Primeiro de Março, 66
Centro – RJ
Visitação
13/10/2009 – 03/01/2010
Realização
Centro Cultural Banco do Brasil
Projeto Expográfico
Regina Silveira
Curadoria e textos
José Roca
Alejandro Martín
Coordenação Geral
Luiza Mello
Coordenação de Produção
Débora Monnerat
Assistentes da Artista
Eduardo Verderame
Renato Pera
Thereza Salazar
Design gráfico
Rara Dias
Paula Delecave
ZOT
Assessoria de imprensa
CWEA
Assessoria jurídica
Álvaro Piquet
Administração do projeto
Marisa Mello
Iluminação
Belight
Cenotécnica
Camuflagem
Revisão
Duda Costa
Versão e tradução dos textos originais em inglês
Steve Yolen
Versão e tradução dos textos originais em espanhol
Pablo Cardellino Soto
Agradecimentos
Luciana Brito Galeria
Esta exposição propõe um percurso particular por meio da obra de uma artista tão prolífica como é Regina Silveira. Apesar daquilo que o título poderia sugerir, este percurso não é cronológico nem linear, e sim mais labiríntico. De fato, são muitos percursos possíveis.
A busca em um dicionário sempre surpreende: as definições das palavras que acreditamos conhecer incluem muito mais do que a explicação do seu significado mais convencional, e nos sugerem acepções inesperadas, ao passo que nos fazem ver os múltiplos deslocamentos metafóricos das palavras para outros usos corriqueiros, de cuja conexão com o termo original, porém, não estávamos cientes. E o dicionário faz isso nos remetendo sempre a outras palavras, usualmente similares, mas com frequência muito diferentes. A definição de uma palavra sempre tem vestígios das que a antecedem; cada palavra é a sombra de muitas outras.
Esta exposição propõe um percurso particular por meio da obra de uma artista tão prolífica como é Regina Silveira. Apesar daquilo que o título poderia sugerir, este percurso não é cronológico nem linear, e sim mais labiríntico. De fato, são muitos os percursos possíveis. A exposição é estruturada como um labirinto cuja finalidade é ambígua: conduz, mas desorienta; não tem apenas uma saída, mas muitas possíveis; e a motivação principal ao adentrar nele não é a busca de como sair, e sim a aventura de percorrê-lo. Trata-se de um quebra-cabeça por desvendar, de um jogo de descobertas.
Título do projeto
O gabinete de curiosidades de Domenico Vandelli
Patrocínio
Eletrobrás
Local
Instituto Inhotim – MG
Data
27/09/2009 – 29/11/2009
Edição e projeto
Anna Paula Martins
Dantes Editora
Artista convidado
Luiz Zerbini
Arquitetura
Israel Nunes
Projeções
Joana Ventura
João Bonelli
Trilha sonora
Lucas Santana
Chico Neves
Pintura do Dragoeiro
Marinho
Iluminação
Belight
Marcenaria
Francisco Rodriguez
Assistente de edição
Juliana Wahner
Revisão
Duas Águas Editoração e Consultoria
Produção
Automatica
Coordenação de produção
Luiza Mello
Produção e gestão do projeto
Marisa Mello
Produção
Arthur Moura
Mariana Schincariol de Mello
O Gabinete de curiosidade de Domenico Vandelli, que tem o apoio da Eletrobrás, apresenta uma nova visão sobre o passado colonial brasileiro relacionado a valorização do meio-ambiente e a sua riqueza intelectual e científica. Integra um projeto homônimo, iniciado em 2006 com a digitalização de importante documentação inédita que encontra-se dispersa entre bibliotecas, arquivos e museus no Brasil e na Europa.
É um projeto que engloba pesquisa, edição de livros e site e tem como objetivo divulgar e tornar acessível este imenso acervo pouco conhecido sobre natureza e tecnologia brasileira no século XVIII.
O fio condutor é o naturalista Domenico Vandelli (1735-1816), grande articulador das viagens filosóficas ao território brasileiro. Vandelli foi professor de História Natural na Universidade de Coimbra e diretor dos jardins botânicos e museus de Coimbra e Lisboa. Orientou e instruiu seus discípulos a realizarem as viagens filosóficas sem contudo jamais pisar em solo brasileiro. Através destas viagens foi possível observar e descrever as colônias ultramarinas de Portugal, em especial o Brasil.
As memórias, ilustrações e diários foram a janela por onde Vandelli imaginou o Brasil. Diversas viagens foram realizadas a partir de 1783.
O visitante é convidado a viajar através de registros e objetos da natureza que revelam o universo da história natural no século XVIII. Ciência, arte e natureza estão aliadas em vitrines contendo coleções históricas e documentos originais. O acervo pouco conhecido desse primeiro contato científico, feito por nacionais, está representado na exposição.
O visitante é convidado a viajar através de registros e objetos da natureza que revelam o universo da história natural no século XVIII. Ciência, arte e natureza estão aliadas em vitrines contendo coleções históricas e documentos originais.
O acervo pouco conhecido desse primeiro contato científico, feito por nacionais, está representado na exposição. O artista plástico Luiz Zerbini acompanhou a pesquisa durante os 4 meses de residência no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Zerbini desenvolveu um trabalho que se insere no corpo da exposição. Criou um dialogo com o universo representado nas viagens filosóficas e do qual Vandelli se valeu para especular sobre a natureza. O músico Lucas Santtana, em parceria com o produtor Chico Neves, criou a trilha sonora a partir das ambiências diurna e noturna do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
João Bonelli e Joana Ventura utilizaram o material gravado pela curadora Anna Paula Martins durante a pesquisa e conceberam a série de projeções. O artista plástico e grafiteiro Marinho criou a imagem do dragoeiro que serviu de logomarca do projeto e ex-libris das edições. O dragoeiro foi uma das primeiras plantas a ser descrita por Vandelli de acordo com o sistema natural de Lineu. Para a exposição no Inhotim, Marinho foi convidado a fazer um imenso mural sobre vidros e dessa forma abrigar o conteúdo expositivo.
O arquiteto Israel Nunes projetou a ocupação do espaço e desenhou o mobiliário que foi desenvolvido na marcenaria de Francisco Rodriguez em Tiradentes.
Entre julho e setembro de 2008 a exposição O gabinete de curiosidades de Domenico Vandelli ocupou, e inaugurou, o Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O Instituto Inhotim em Brumadinho/ MG é o primeiro pouso da itinerância que passará por Belém, Recife e São Paulo.
Título do projeto
Entre Temps
Local
Centro Cultural Oi Futuro
Endereço
Dois de dezembro, 63
Flamengo – RJ
Visitação
22/09/2009 – 01/11/2009
Coordenação Geral
Luiza Mello
Produção
Arthur Moura
Mariana Schincariol Mello
Design gráfico
Duas Águas
Carlito Carvalhosa
Projeto expográfico
Duas Águas
Gustavo Moura
Daniel Wagner
Multimídia
Belight
Cenotécnica
Camuflagem
Assessoria de Imprensa
CW&A
Claudia Noronha
Assessoria juridica
Álvaro Piquet Pessoa
Tradução
John Norman
(Inglês)
Júnia Botelho
(Francês)
Janine Houard
(Francês)
“Entre-temps – uma década de videoarte francesa na coleção do Musé d’Art Moderne de la Ville de Paris\ARC” reúne 21 trabalhos em vídeos, filmes e slideshows de 17 artistas franceses ou radicados na França, cuja produção marcou profundamente a última década, trazendo discussões fundamentais para a arte contemporânea. “Entre-temps” integra o Ano da França no Brasil.
A mostra esteve esse ano em São Paulo, no Museu da Imagem e do Som e no Paço das Artes, de abril a junho. No Rio de Janeiro, ela será acrescida de trabalhos dos artistas Ariane Michel, Valérie Mréjen, Anne-Marie Schneider e Zineb Sedira. Alguns artistas que participaram da mostra em São Paulo não estarão na do Rio, como Melik Ohanian, Nicolas Moulin, Adel Abdessemed e Kader Attia.
O conjunto das obras que estarão na exposição foi recentemente adquirido pelo museu parisiense, cujo acervo conta com uma coleção expressiva de mais de trinta anos, que remonta à origem do vídeo. A exposição aglutina artistas nascidos entre os anos 1950 e 80, que influenciaram decisivamente a videoarte internacional.
“Entre-temps – Uma década de videoarte francesa na coleção do Musée d’Art moderne de la Ville de Paris/ARC” explora as possibilidades do vídeo como suporte artístico, e afirma a aproximação entre as artes visuais e o cinema. Os trabalhos dialogam com a experimentação de linguagens e outros campos do conhecimento, como a ciência, a filosofia, e exploram novas mídias e tecnologias. Os campos de investigação estão expressos em animes – desenhos-animados produzidos no Japão –, na retransmissão de um jogo de futebol ou mesmo em um documentário sobre um projeto de arquitetura na zona rural tailandesa.
A mostra abrange uma produção diversificada, que discute desde questões políticas e de território a visões subjetivas sobre temas como tempo e espaço, território, dramas públicos e pessoais.
Apesar da produção extremamente autoral de cada um dos artistas, eles têm em comum “uma forma de ambiguidade histórica: o início dos anos 1990 é marcado pela instabilidade”, observam os curadores. “Todos experimentam as referências formais dominantes que perdem o fôlego no fim dos anos 1980, e, do mesmo jeito, todos atravessam um contexto socioeconômico ambíguo e instável”. Os curadores destacam ainda que “entre uma necessidade de forte renovação – a maioria é de ‘filhos de 68’ – e um clima caracterizado pela precariedade constante, esses artistas conhecem, por meio de suas experiências, tensões similares”.
Entre os destaques de “Entre-temps. Uma década de videoarte francesa na coleção do Musée d’Art moderne de la Ville de Paris/ARC” estão três obras protagonizadas por Ann Lee, personagem integrante do projeto evolutivo intitulado “No Ghost, Just a Shell”, criado em 1999. Nesse ano, os artistas Pierre Huyghe e Philippe Parreno compraram os direitos autorais da personagem fadada a desaparecer e propuseram a vários artistas, como Melik Ohanian e Rirkrit Tiravanija, que lhe dessem uma segunda vida, elaborando uma história para ela. Huyghe e Parreno também apresentaram suas versões de narrativas para a musa animada Ann Lee. O primeiro, em “Two Minutes Out of Time”; e o segundo, no trabalho “Anywhere out of the World”.
Título do projeto
Performance Presente Futuro II
Local
Centro Cultural Oi Futuro
Período
11/09/2009 – 13/09/2009
Curadoria e Projeto
Daniela Labra
Coordenação de produção
Luiza Mello
Produção
Mariana Schincariol Mello
Arthur Moura
Design Visual
João Modé
Multimídia
Belight
Revisão e padronização de texto
Duda Costa
Versão para o inglês
Renato Rezende
Monitores
Bruno Monnerat
Carol Echevarria
Gestão do projeto
Marisa S. Mello
Assessoria de Imprensa
CW&A
Claudia Noronha
Assessoria jurídica
Álvaro Piquet Pessoa
Performance Presente Futuro vol. II é a segunda edição do evento interdisciplinar ocorrido em 2008, dedicado à multiplicidade da arte da performance e sua integração com recursos tecnológico-midiáticos e científicos.
São reunidas pesquisas artísticas e trabalhos inéditos em que a ciência e a tecnologia estão presentes como fundamento e não somente como fetiche.
As propostas exibidas nesta mostra são fruto da vontade de artistas em compreender nossa humanidade e lugar num mundo que se quer mais tecnológico. Por outro lado, buscam também uma relação harmônica, ainda que crítica, com a ferramenta midiática que manipulam. Durante três dias, o quarto piso do Oi Futuro recebe ações ao vivo, videoinstalações performáticas, workshops e palestras de artistas que, apoiados em tecnologias diversas, refletem possibilidades da expressão humana quando ampliada por dispositivos mecânicos, eletrônicos e digitais.
Texto de Daniela Labra, curadora
Programação
11, 12 e 13 de setembro
11 – Sexta
11:00 -17:00 – Yukihiro Taguchi – Contact
17:00 – Alexandre Sá – Aquilo que você espera
18:30 – Shima – Entrelinhas
19:30 – Vito Acconci – Palestra – Das palavras para a ação para a arquitetura
12 – Sábado
11:00 -15:00 – Yukihiro Taguchi – Contact
15:30 – Chico Fernandes – Interself I
17:30 – Cris Bierrenbach – Fala a verdade
18:30 –Bill/Surveillance Camera Players – Palestra – The Surveillance Camera Players: de 1996 até o presente.
13 – Domingo
11:00 – 14:00 – Workshop em espaço urbano – Bill/Surveillance Camera Players
11:00 -15:00 – Yukihiro Taguchi – Contact
15:00 – Regina Melim – Palestra Reconstruções, interpretações e resignificações de Performances nas Artes Visuais
16:30 – Daniela Mattos – Arte depois dos anos 1960/1970
17:30 – Fernando Salis – Veni, Vidi, Verti
Título do projeto
Vianninha – uma vida em ação
Local
Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Rua 1º de março, 42 Centro – RJ
Visitação
10/09/2009 – 25/10/2009
Realização
CCJE
Tribunal Superir Eleitoral
Coordenação Geral
Fundação Padre Anchieta
Exposição
Curadoria e textos
Frederico Coelho
Coordenação Geral
Luiza Mello
Coordenação de produção
Débora Monnerat
Design gráfico
Sônia Barreto
Projeto expográfico
Duas Águas
Gustavo Moura
Daniel Wagner
Vídeo
Duas Águas
Gustavo Moura
Bernardo Barcellos
Pesquisa
Elizabeth Passi de Moraes
Leila Melo
Créditos das imagens
Acervo de Alberto Salvá
Acervo de Cacá Diegues
Acervo de Maria Lúcia Vianna
Acervo de Paulo Cezar Saraceni
Acervo de Roberto Farias
Arquivo Nacional
Centro de Documentação / TV Globo
FUNARTE / Centro de Documentação
Julio Callado
Tratamento de imagens
Trio Studio
Ampliações fotográficas
Color Office
Assessoria de imprensa
Belém Com
Revisão
Duda Costa
Acompanhamento gráfico
Sidnei Balbino
Multimídia
Belight
Cenotécnica
Camuflagem
Assessoria jurídica
Álvaro Piquet Pessoa
Dramaturgo, ator, produtor, roteirista, as atribuições profissionais de Vianninha são apenas um parco pedaço de sua bibliografia.
Oduvaldo Vianna, Oduvaldo Vianna Filho, Vianna, Vianninha. Por um erro na hora do registro, Vianninha foi homônimo de seu pai por toda a vida. O “Filho” constava na apresentação, mas não na certidão de nascimento. Daí seus vários nomes, utilizados de formas diferentes ao longo da vida. Todos esses nomes, porém, não conseguem dar conta da versatilidade e da importância de Vianninha para a história do teatro e da cultura brasileira. Dramaturgo, ator, produtor, roteirista, as atribuições profissionais de Vianninha são apenas um parco pedaço de sua biografia. Lutador incansável em prol de suas convicções políticas, articulador essencial na constituição de um espaço crítico de produção cultural brasileira nos anos 1950, 60 e 70, empreendedor de ideias e coletivos que marcaram definitivamente o nosso teatro, sua trajetória sintetiza todas as utopias e frustrações que sua geração viveu em um dos períodos mais conturbados de nossa história.
Carioca de nascimento, filho de artistas – seu pai, Oduvaldo Vianna, foi um dos grandes escritores do teatro, do rádio e do cinema nacional na primeira metade do século XX – e de ativistas políticos, Vianninha cresceu entre o palco e o palanque. O teatro e a política ocupavam seu tempo, seus projetos e anseios. Sua ligação familiar com o PCB fez com que sua relação com a arte e a cultura fosse, durante um período, mediada pelas suas diretrizes partidárias. Isso não impediu que, ao longo dos anos, Vianninha revisse essas diretrizes e reavaliasse suas ações, sem perder jamais o foco da transformação social por meio da arte.
Há cinquenta anos, quando Vianninha mergulha na militância pelo teatro brasileiro, a luta política e a transformação da sociedade eram ideais que moviam uma série de atores, diretores, dramaturgos e intelectuais no país. Suas peças e seus personagens foram espada e escudo de toda uma geração. Suas parcerias revolucionaram o pensamento cultural por meio dos espetáculos do Teatro de Arena e do grupo Opinião. Seus programas de televisão entraram no imaginário nacional e, até hoje, são exibidos em novas versões.
Intelectual em permanente construção, escritor habilidoso, amigo fiel e pensador carismático, Vianninha nunca se furtou, ao longo de toda sua trajetória, de rever suas ideias, descartar seus equívocos e reafirmar suas convicções. Todas as suas peças foram criticadas pelo próprio autor, todos os grupos por que passou e formou com seus amigos foram discutidos, analisados, revisados por Vianninha. No balanço geral de seus textos, sempre o saldo positivo da experiência e da ampliação de horizontes.
Em quase vinte anos de teatro, ele repensou e reafirmou muitas de suas ideias, porém nunca abriu mão do lugar que ocupava quando as falava e as escrevia. Um lugar que sempre privilegiou a liberdade, a luta, a justiça social e a garantia de felicidade do homem brasileiro. É esse olhar generoso e visceral dessa vida em ação o maior legado da obra e da trajetória de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha.
Título do projeto
Casa de Espelhos
Artista
Lucia Koch
Local
Caixa Cultural
Galeria Vitrine da Paulista
Entrada gratuita
Visitação
15/07/09 – 09/08/09
Coordenação geral
Luiza Mello
Produção
Têra Queiroz
Mariana Schincariol Mello
Assistentes da artista
Letissa Kanawati
Alecsander Gonçalves
Projeto gráfico
Monique Schenkels
Texto
Marcelo Rezende
Fotografia
Everton Ballardin
Administração
Marisa S. Mello
Montagem
Alexandre Cruz da Silva
Alexandre Fernandes Pacheco
Balbino de Oliveira
Francisco de Assis O. da Silva
Laesio Rodrigues de Melo
Apoio
Fujocka
Poucas coisas são tão misteriosas quanto aquilo que se chama, ou se aprendeu a chamar, de “vida cotidiana”. Essa expressão guarda algumas desconfianças (a mais assustadora, a que tudo se repete, todos os dias) e um certo número de certezas,
A mais evidente, a de que essa existência acontece em um determinado tempo, e em um lugar particular. Como agora, neste instante, nesta “Casa de Espelhos”. Mas, aqui, nada está sendo repetido, reprisado. Trata-se sobretudo de uma interrupção.
Mas por qual razão sob o cotidiano se esconde esse fantasma da repetição? Uma resposta provável está na idéia de que na sucessão de fatos, acontecimentos de uma jornada – logo, de uma vida – se formam crenças e verdades que são apenas convenções. Nos modos de vida cotidianos se esconderia uma mentira, uma invenção perversa fazendo com que parecesse ter sido tudo, de todas as formas, escolhido e decidido antes mesmo de alguém ter chegado ao mundo, que passa a ser sempre algo “que é”, e raramente “o que poderá ser”. As relações de dominação são o que também se repete.
Contra essa repetição, Lucia Koch faz uso de um momento de suspensão. Com “Casa de Espelhos” algo se interrompe a partir de uma experiência coletiva urbana. Este lugar não é mais o lugar que se conhece, assim como a vivência com este espaço, neste momento, não é a mesma. Há agora um corte, uma outra situação, uma outra possibilidade criada a partir de uma insurreição estética contra os modos habituais de se pensar ou sentir um território. Ganha-se assim uma renovada condição: se cada um vive a vida como cenas que apenas se repetem (o cotidiano) em um mesmo cenário (a cidade), agora é possível fazer, pela segunda vez, um primeiro filme, como se tudo não pudesse se repetir jamais.
Marcelo Rezende, São Paulo, 2009.
Título do projeto
Luiz Carlos Barreto
Local
CCJE – Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Primeiro de Março, 42
Centro – RJ
Visitação
30/05/09 – 26/06/09
Entrada Gratuita
Realização
CCJE – Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral
Coordenação Geral
Fundação Padre Anchieta
Curadoria e textos
Frederico Coelho
Coordenação Geral
Luiza Mello
Automatica
Coordenação de Produção
Débora Monnerat
Automatica
Design Gráfico
Sônia Barreto
Projeto Expográfico
Duas Águas
Gustavo Moura
Daniel Wagner
Vídeos
Duas Águas
Gustavo Moura
Bernardo Barcellos
Leonardo Levis
Glauco Guigon (estagiário)
Créditos das imagens
Acervo de Fotografias da Cinemateca Brasileira
Acervo Fotográfico de Luiz Carlos Barreto
Acervo Tempo Glauber
Cinemateca do MAM
Diários Associados
Filmes do Serro
Julio Callado
L.C.Barreto
Luiz Carlos Barreto
Luiz Garrido
Luz Mágica Produções
Roberto Farias
Ziraldo
Digitalização e tratamento de imagens (fotografias do acervo pessoal de Luiz Carlos Barreto)
Casa 2 | Humberto Cesar, Luiz Garrido e Julia Sampaio
Tratamento de imagens (Acervo Tempo Glauber e fotografias do álbum de família de Luiz Carlos Barreto)
Estúdio Lupa
Ampliações fotográficas
Casa 2
Fotosfera
Cenotécnica
Camuflagem
Impressões digitais
Luiz Guarrido
Humberto Cesar
Casa Dois
Multimídia
Belight
Assessoria de imprensa
Belém Com
Revisão
Duda Costa
Acompanhamento gráfico
Sidnei Balbino
Poucas pessoas podem realmente afirmar que viram os grandes momentos da nossa história recente. Muitos escreveram sobre tais momentos, outros cantaram, filmaram e desenharam, mas poucos viram nossa história como Luiz Carlos Barreto.
Nascido em Sobral, Ceará, em 1928, até hoje seu olhar imprime os tipos, traços e tempos do homem brasileiro.
Testemunha ocular de um período em que o país avançava em meio aos contrastes sociais da modernização industrial, Luiz Carlos Barreto fez parte de uma geração de fotógrafos que reinventou o registro dos personagens e paisagens do Brasil e do mundo. Com 21 anos, tornou-se um dos principais nomes do fotojornalismo na revista O Cruzeiro, publicação de maior prestígio da história do jornalismo nacional daquele período. Ao lado de José Medeiros, Luciano Carneiro, Flávio Damm, Indalécio Wanderley, entre outros, revolucionou o uso da fotografia na imprensa brasileira ao incorporar o olhar discreto e dinâmico das câmeras portáteis, como a sua inseparável Leica. Contemporâneo da revolução conduzida pela agência francesa Magnum, de Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, Barreto aplicou em nossa realidade as novas possibilidades tecnológicas da fotografia no jornalismo.
Durante os catorze anos em que trabalhou n’O Cruzeiro, as fotos de Luiz Carlos Barreto ofereceram mais do que um novo olhar sobre os personagens que povoavam as notícias ao redor do mundo. Nelas, há a revelação de uma nova luz: uma luz natural que emana dos espaços, uma luz estourada, contrastante, poética, reveladora. Seja em Paris, na Bahia, em Londres, em Atenas, em Brasília, na Amazônia, em Buenos Aires, em Estocolmo ou no Rio de Janeiro, a luz e seus desenhos formam e informam a beleza de cada fotografia desta exposição. Dos grandes nomes da história aos ídolos dos campos de futebol (sua paixão e “profissão paralela” ao longo da vida), nada escapou dos olhos e da câmera dessa fotografia generosa e povoada de vida.
A luz de Luiz, mais do que proporcionar um jogo de palavras, conseguiu traduzir para uma geração inteira de cineastas o que suas ideias na cabeça intuíam, mas suas câmeras na mão não imprimiam: essa luz brasileira, atlântica, seca como a caatinga, bela como o Eldorado. Apaixonado por filmes desde as animadas sessões do Cinema Majestic na Fortaleza de sua infância, fotógrafo dos grandes festivais e dos sets de filmagem da Europa e dos Estados Unidos, era natural que o caminho de um homem de imagens fotografadas desaguasse no mundo das imagens em movimento.
A partir de um encontro com Glauber Rocha em 1961, Luiz Carlos Barreto abraçou o cinema brasileiro em meio à fundação de sua principal revolução estética e política: o Cinema Novo. Coube a ele, como roteirista, fotógrafo e produtor incansável, ser o principal pioneiro na reflexão e formulação do financiamento, da produção e da comercialização do cinema nesse período.
Com sua presença até hoje atuante após mais de sessenta anos de carreira, a vasta trajetória profissional de Luiz Carlos Barreto é um retrato do país no século XX. Migrante, jogador de futebol, jornalista popular, fotógrafo inovador, produtor internacional, Barreto contribui decisivamente para que todos nós enxerguemos – nas imagens cristalizadas do tempo fotográfico e nas imagens em movimento do cinema – a nossa face humana, épica, obscura e iluminada.
Frederico Coelho
Título do projeto
10ª edição do Projeto Respiração
João Modé – Invisíveis
Local
Fundação Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2480 – Lagoa – RJ
Visitação
24/05/2009 – 25/07/2009
Artista
João Modé
Curadoria
Marcio Doctors
Museologia e Montagem
Equipe Fundação Eva Klabin
Produção
Mariana Schincariol de Mello
Fotografia
Vicente de Mello
Automatica produziu a exposição da 10ª edição do Projeto Respiração, desta vez apresentando o trabalho do artista João Modé. Concebido pela curador Marcio Doctor, a ideia de estabelecer uma conexão entre a coleção clássica da Fundação Eva Klabin e a arte contemporânea representa, em anos, uma grande iniciativa na área da arte contemporânea brasileira.
Nesta edição, João Modé oferece com Invisíveis, pequenas e sutis transformações nas peças que compõem a coleção da casa, apresentando uma visão estética que adentra a memória desse famoso ambiente.
Nos sons e nos cheiros do passado, na memória da experiência de outras épocas e no registro da passagem do tempo, Modé cria uma atmosfera duplamente afetiva e desafiadora para a sensibilidade de cada visitante.
Título do projeto
Doida Disciplina
Artista
Gabriela Machado
Local
Caixa Cultural
Endereço
Av Almirante Barroso, 25 · Centro
Rio de Janeiro
Visitação
12/05/2009 – 21/06/2009
Entrada franca
Curadoria
Ronaldo Brito
Coordenação Geral
Luiza Mello
[automatica]
Coordenação de Produção
Débora Monnerat
Design Gráfico
Rara Dias
Fotos
Cristina Paranaguá
Julio Calado
Iluminação
Belight
Cenotécnica
Camuflagem
Agradecimentos
H.A.P Galeria
Doida Disciplina é o título da exposição da pintora carioca Gabriela Machado, realizada entre maio e junho de 2009 no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, e entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010 na Caixa Cultural São Paulo.
Com curadoria de Ronaldo Brito, as pinturas de grande formato de Gabriela foram exibidas de forma direta, em um espaço cuja limpeza de elementos realça seu jogo entre as generosas manchas coloridas em contraste com o rigor de seus fundos brancos. Uma exposição cujo título resume os trabalhos da artista de forma exemplar.
Título do projeto
Barra
Local
CCJE – Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Endereço
Primeiro de Março, 42
Centro – RJ
Visitação
26/04/2009 – 10/05/2009
Entrada Gratuita
Artista
Pascal Mougin
Realização
CCJE – Centro Cultural da Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral
Coordenação Geral
Fundação Padre Anchieta
Curadoria
Milton Guran
Projeto Expográfico e coordenação de Montagem
Vinte Zero Um
Jair de Souza
Rita Sepulveda
Nathalia Mussi
Programação Visual
Melanie Guerra
Luz Tropical
Produção de Montagem
Luiza Mello | Automatica
Montagem
Camuflagem
Impressões digitais
Luiz Guarrido
Humberto Cesar
Casa Dois
Iluminação
Samuel Betts
Belight
Assessoria de Imprensa
Belém Com
Um dos eventos relacionados à participação do Brasil no Ano da França, a exposição Barra foi realizada no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro, em abril de 2009, exibindo um trabalho do fotógrafo francês Pascal Mougin feito especialmente para a ocasião.
Com curadoria de Milton Guran, Barra mostra, por meio de vídeos e fotos feitos em diferentes suportes, o cotidiano e a relação do carioca com seu meio urbano em duas situações bem distintas: os grandes condomínios da Barra da Tijuca e as ruas e ladeiras de Santa Tereza.